Estrutura enriquece a experiência educacional dos estudantes com vivências práticas.
“Nosso tempo é especialista em criar ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência de vida”. Com essa frase do escritor Ailton Krenak, o pró-reitor de Ensino da UniRios, mestre em História pela UFSC e Consultor na Hoper, Evandro Souza, levou a plateia à reflexão na abertura da palestra intitulada Como o Ensino Híbrido pode contribuir para o Desenvolvimento dos polos EaD.
Souza foi um dos conferencistas do Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – Prodeese, realizado nos dias 27 e 28 de junho, em Foz do Iguaçu, com o eixo Educação Híbrida.
Ao parafrasear outra frase de Krenak, “Nosso tempo precisa ser especialista em criar permanências”, Souza enfatizou que não faz sentido um curso à distância sem um polo de apoio. “O polo traz a vivência presencial”, afirma.
Ao falar sobre a importância dos polos de apoio, ele trouxe exemplo do Centro Universitário do Rio São Francisco/UniRios, situado na Bahia. Lá, o estudante sai do povoado onde mora, vai ao polo, dialoga com o tutor, constrói práticas de extensão e de estágio, por meio de trilhas de aprendizagem, e interage com o desenvolvimento regional.
Souza diz que um para a UniRios o polo EaD está relacionado a:
Planejamento estratégico da expansão da IES
Presença da IES em diferentes lugares.
Desenvolvimento do mercado regional.
Alcance de locais cada vez mais distantes da sede.
Articulação e garantia das atividades presenciais (prática, extensão e estágios).
Proximidade com o acadêmico.
Para ele, o polo é um espaço de convergências e trocas, proporciona vínculos com os municípios e lideranças locais. “Acreditamos que o ganho na operação EaD se dá não pela quantidade de polos, mas sim pelo aspecto qualitativo, a maneira como reverbera na comunidade”.
Souza diz que o ensino semipresencial forma identidades, dá condições para a pessoa se transformar como ser humano, ter intelectualidade e se posicionar no mercado.
Marco regulatório
Souza fez uma retrospectiva do marco regulatório dos polos EaD no país e lembrou que muitas instituições descumpriam a legislação o que levou o MEC a desativar 1.337 polos em 2008.
Em 2017, após o rigor regulatório, a abertura de novos polos foi simplificada. O país chegou em 2023 com um total de 46.687 polos registrados, entre públicos e privados. Este ano, o número saltou para 51.746.
Este ano, a publicação da portaria 528/2024 congelou a abertura de novos cursos e polos até 10 de abril de 2025.
Denise Paro
Jornalista
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