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Informativo Quinzenal

Foto do escritorDenise Paro

COMO TORNAR O ENSINO PRESENCIAL ATRAENTE?

Atualizado: 25 de jul.


O desafio de estar em sala de aula na era digital foi tema de abertura do segundo módulo do Prodeese 

Em uma era na qual os cursos de Educação à Distância (EaD) estão em ascensão, desenhar um modelo de ensino presencial tornou-se um desafio para as Instituições de Ensino Superior (IES).  Afinal, como prender atenção dos alunos em meio a parafernália digital



Para a reitora da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e doutora em Sociologia e Ciências da Educação pela Universidade de Santiago de Compostela, Beatriz Balena, o segredo é criar uma nova modelagem que deve ser incorporada na oferta acadêmica. 


Beatriz fez a palestra de abertura do segundo módulo do Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – Prodeese, realizado nos dias 27 e 28 de junho, em Foz do Iguaçu, que teve como eixo Educação Híbrida.  


Na palestra intitulada Quando tudo é on-line, o que sobra para o presencial? Os desafios do ensino em uma era digital e tecnológica, Beatriz afirmou que hoje a presencialidade independe do físico e precisa da proximidade afetiva, sensorial, da experiência e da tecnologia. 


Para ela, a rota do sucesso depende de quatro focos: o engajamento, a permanência, a experiência e o propósito.  


Hygge 

O engajamento envolve a tecnologia que não pode ser desprezada. As aulas, explica Beatriz, precisam ser dinâmicas e não podem ser tristes, chatas ou maçantes. O que mobiliza, diz, é o hygge (pronuncia-se "hu-ga") termo dinamarquês que significa ‘acolhedor’ ou ‘aconchego’. 


São universidades com salas de bate-papo, mesas com chá, chocolate, lugares agradáveis. “São coisas que atraem o lado humano das pessoas. Elas já estão cheias de tecnologias”.  


Quando se trata de permanência, alguns recursos importantes são as plataformas on-line e trilhas de aprendizagem que respeitem o ritmo individual de cada aluno, além de feedbacks e suporte personalizado, muito útil para a geração Z. 


O momento em que o aluno está no campus tem que ser memorável

A experiência requer pequenas atitudes que fazem com que o aluno se sinta importante. Por isso é importante realizar eventos, ações e visitas. Os estudantes estão cansados de coisas explosivas e impactantes, diz Beatriz. “O momento em que o aluno está no campus tem que ser memorável”, frisa. 


Para ter foco no propósito, a IES precisa valorizar o currículo alinhando com as demandas do mercado, oferecer disciplinas que abordem habilidades práticas e conhecimentos técnicos para as principais indústrias e setores da região, além de estágios. 


Outro aspecto na modelagem da presencialidade é dar atenção ao professor. Eles precisam se afeiçoarem da tecnologia digital e serem olhados como categoria tão importante e relevante como outras. “O melhor programa de formação docente é aquele que a gente senta com o professor e diz, o que você precisa?”, frisa a professora.


Mercado 

Para mostrar a dissonância entre as instituições o mercado, Beatriz apresentou alguns números:

  • 15% dos recém-formados conseguem vagas em suas áreas até 3 meses após conclusão da graduação;

  • Dos 43% que estão trabalhando, apenas 20% estão em atividades relacionadas à sua área de graduação;

  • 52% dos formados não têm trabalho;

  • 8% estão desempregados há mais de um ano;

  • Somente 3% dos entrevistados conseguiram vaga de Trainee.


Fonte: Pesquisa Egressos ES - Revista Valor 2023 



 


 




Denise Paro

Jornalista







 

ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

 


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