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Informativo Quinzenal

COMO SE APRENDE? UM DIÁLOGO DE UM BABY BOOMER COM AS GERAÇÕES Y E Z


O debate intergeracional mexeu com a plateia no encerramento do PRODEESE em Foz do Iguaçu.

Como as diferentes gerações aprendem? Foi essa a indagação que abriu o debate de encerramento da segunda edição do Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – PRODEESE, realizado nos dias 27 e 28 de junho, em Foz do Iguaçu, com o eixo Educação Híbrida.  



Mediado pelo CEO da Hoper e doutor em Educação, Adriano Coelho, o painel Hibridismo Intergeracional: Gerações Baby Boomers, X, Y e Z Presentes! mexeu com a plateia do Prodeese trazendo vivências de diferentes gerações na trajetória educacional. 


Participaram do debate o sócio consultor da Hoper e doutor em Educação, Adriano Coelho, o sócio consultor da Hoper e doutor em Ciências Humanas, João Vianney, a gerente sênior de Avaliação Externa das Mantidas EaD no Grupo Cogna, Melina Klaus, e a estudante do 6º período de Medicina na PUC-PR, Isabelle Mückenberger Coelho 


Representando a geração X, Adriano Coelho quis saber como as diferentes gerações aprendem. Baby boomer, Vianney lembrou que aprendia na base da decoreba, seja na cartilha Caminho Suave ou na taboada. “O aprendizado que era pela dor do esforço, hoje é pela multimídia”, frisa. 


Já no ensino superior, Vianney recorda o tempo no qual fazia engenharia na UNB, em Brasília, e virava a noite na biblioteca para estudar, comendo pão com linguiça, o sanduíche mais barato da época.  


Da geração Y, Melina diz que se deparou com um pouco de hibridismo no ensino fundamental. Daquela época, se recorda de uma viagem feita pela escola em Santa Catarina para conhecer sambaquis. 


Da turma Z, Isabelle diz que a geração dela aprende de diferentes formas. “Eu preciso ler, ouvir, escrever e criar. Todas as metodologias que estiveram disponíveis a gente usa e a aprende”, afirma Ela ainda diz que também usa o caderno e o celular para estudar e que tem prazer de aprender conteúdos que gosta.


O segundo ponto de debate surgiu a partir da pergunta “De que forma vocês veem o uso da tecnologia para esse novo momento de aprendizagem olhando para a nossa geração?”. 


Para Vianney, hoje o aluno escolhe a tecnologia, anteriormente era escassa. O  estudante, diz,  pode acessar o mesmo conteúdo de uma aula no Tik Tok, Youtube, por um ebook ou pela Inteligência Artificial – IA, uma mudança radical em relação há 30 anos.


Melaine diz que as crianças hoje buscam informação de uma maneira mais fácil. Ela mesma usa o Youtube para ajudar as filhas no aprendizado. 


Na outra ponta geracional, Isabelle comenta já ter abandonado o Google para estudar e hoje recorre mais ao Tik Tok. Na plataforma, conta, ela acessa vídeos de 1 minuto do que for preciso para complementar os estudos. A estudante ainda conta que um vídeo da plataforma a fez entender um conceito complexo na área de Medicina, o que a ajudou a ir bem em uma prova. 


Em outra indagação, Coelho perguntou o que se busca hoje, quem atrai as gerações e como é possível fazer uma relação da formação educacional com o mercado de trabalho. 


Vianney diz que fez faculdade e teve que aprender para não ser reprovado porque era obrigatório. “Essa nova geração se permite a exercer uma vontade, um critério”.  


Para Isabelle, a geração Z é uma das primeiras que não tem medo de tentar e errar. Ela frisa que as universidades não dão contam de formar profissionais para o mercado de trabalho, o que a fez procurar um estágio para se aperfeiçoar. 


Melaine diz que sua geração sempre teve a preocupação de sair da universidade e buscar um emprego com contrato CLT, ao contrário do que ocorre hoje. 


No questionamento de encerramento, Coelho levou para debate o tema “Como será a escola do futuro?”. Na visão dele, essa escola será mais humana com certo equilíbrio diante da tecnologia. “Escutamos no Ministério da Educação da Dinamarca. Nós erramos na mão no excesso de tecnologia e estamos dando um passo para trás”. 


Vianney diz que a educação será cada vez mais personalizada, trabalhando as virtudes dos alunos. Para Melina, o contato será importante.


O acolhimento, o diálogo e a empatia serão balizadores para a história que a gente quer escrever nos próximos anos”, ressalta.  

Isabelle reforça e enfatiza que o acolhimento é fundamental. “Nós temos muita carência disso, da humanização e do professor chegar e perguntar, o que você quer?  E por seremos mais novos, ninguém pergunta o que a gente quer”, relata.



 


 




Denise Paro

Jornalista







 

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