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Após uma longa e ansiosa espera, desde o último dia 27 de janeiro de 2017, as IES tem finalmente os insumos relativos ao ENADE 2015.
É dada a largada às especulações, achismos e experts em prever resultados. No entanto, sabe-se que oficialmente, só teremos estes indicadores a partir do fim de fevereiro de 2017 com a disponibilização dos conceitos pelo INEP.
Alguns ensaios são oportunos e porque não, aliviam um pouco o estresse da longa jornada ENADE 2015 até aqui.
Podemos comparar os insumos com nossos próprios resultados anteriores (2009/2012) permitindo uma análise de crescimento em números brutos apresentados, não se levando em conta as novas médias padronizadas ainda não disponibilizadas.
Podemos ainda compará-los com as próprias médias dos indicadores de ciclos anteriores também, fazendo uso da nota de corte por conceito. Desta forma, aproxima-se de uma sugestão de prováveis notas/conceitos a cada um dos indicadores a partir deste parâmetro. Certamente a margem de erro é grande, afinal, a média pode alterar significativamente.
Utilizando-se de resultados brutos (insumos disponibilizados) de 10 instituições de diferentes regiões do Brasil e seus cursos (total de 65 cursos avaliados), e comparando-os entre si, assim como a possibilidade de resultados a partir das médias de ciclos anteriores, levantamos alguns indicativos que podem nos dar pistas de como podem ficar os resultados, atentem:
Gestão do Corpo Docente: sem dúvida houve uma atenção especial por parte das IES para este insumo. A amostragem em estudo, aponta para um crescimento de 11% nos percentuais de Mestres e 35% de Regime de trabalho em comparação a 2012. No entanto, Doutores não acompanhou esse crescimento. Vale aqui lembrar que só este indicador (Doutores) vale 15% do Conceito de Curso.
Quanto ao Questionário do Estudante, é perceptível um melhor tratamento por parte das IES nos resultados apresentados na amostragem. Obtivemos em comparação a 2012, um acréscimo de 26% no indicador de Organização Didático Pedagógico, 9% na Infraestrutura e o novo indicador Oportunidades de Ampliação (não havia em 2012) alcançou em média na amostragem, mais de 70% do total da nota possível.
Quanto a PROVA ENADE aplicada, percebe-se que a avaliação de Formação Geral (FG) teve um salto grande nos resultados, acima de 20% na média o que deve elevar as médias das notas de cada curso. Já em Conhecimentos Específicos (CE), na média geral, o crescimento ficou em 14%, com diferenciação significativa especialmente entre cursos clássicos.
Os números a seguir apresentam alguns desses cursos e o percentual de crescimento na média geral (Formação Geral + Conhecimentos Específicos) observados os seus pesos na composição da nota:
Vale lembrar que trabalhamos com uma amostragem que contou com 8 a 15 notas de cada um dos cursos.
Para os cursos de Tecnologia na área de Gestão, na amostragem em estudo, o crescimento aferido foi menor, ficando na média em torno do percentual de 5% em relação aos resultados brutos obtidos em 2012.
Por fim, de todos os cursos analisados comparativamente e as possibilidades de resultados de CPC, podemos ter um crescimento de até 10% nos Conceitos Provisórios de Cursos.
Não será nenhuma surpresa, afinal, as IES já compreenderam a importância da avaliação ENADE e seus insumos e os reflexos em sua gestão de uma má condução do processo avaliativo.
Que todos cresçam... mas não esqueça... se todos crescem, a média também crescerá, e como num “círculo vicioso do bem” temos de fazer cada vez melhor!
Quem aposta nestes resultados? Dia 25 de fevereiro de 2017 confirmaremos.
Enquanto isso, continuamos a fazer nossas conjecturas e palpites acerca dos possíveis resultados.
Se interessou pelo assunto? Clique e conheça mais sobre como obter o conceito máximo nos resultados das avaliações oficiais do MEC/INEP.
ADRIANO COELHO
Consultor da Hoper Educação
EXPEDIENTE:
Revisão: Márcio Schünemann – Edição: Maria Luiza Zarro – Diagramação: Etienne Todo Bom
ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).