top of page

Informativo Quinzenal

O QUE ESPERAR DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NOS PRÓXIMOS 2 ANOS?


Antes de discutir sobre o tema, é importante o entendimento o atual cenário político, econômico e social. A perspectiva até 2017 não é boa para a maioria dos analistas do setor: recessão econômica, inflação em alta, dificuldades para superar a crise energética e hídrica, cortes de investimentos, aumento de impostos, além de, é claro, sucessivos escândalos de corrupção na política gerando crise de governabilidade.

Na educação superior particular, serão destaques no mercado as IES que conseguirem diminuir a dependência de financiamentos do Governo, melhorar a gestão administrativa e financeira e, principalmente, investir no relacionamento com os alunos, diminuindo possível impacto de evasão e inadimplência.

O mercado educacional, no caso a graduação superior, segue ainda demonstrando ter potencial de crescimento.

A Hoper Educação projeta que serão a “bola da vez” os cursos bacharelados de menor valor e a graduação superior em EaD. Isto porque os cursos mais caros, por exemplo, algumas Engenharias e da área da Saúde, impulsionados pelo FIES, devem diminuir o ritmo de crescimento. São cursos caros e que, com o FIES, atraiu um público que antes ingressaria em cursos mais baratos.

São exemplos desses cursos presenciais que podem registrar alta, nos próximos anos, em função da restrição de crédito: Enfermagem, Nutrição, Serviço Social, Farmácia, Administração, além de diversos tecnólogos.

Assim, deverá ocorrer uma inversão, com alguns bacharelados mais baratos crescendo um pouco mais que a média. Outra condição são alunos beneficiados pelo FIES em graduações presenciais de baixo valor de mensalidade. A saída poderá ser optar pelos cursos EaD, que ainda possuem valores menores.

Os tecnólogos continuam a ser boas oportunidades para aumento no ingresso de alunos nas IES, porém, há muitos cursos que defasam rapidamente. Por isso, um curso tecnólogo em alta este ano pode estar em queda forte daqui a 3 anos; outros podem ter um crescimento gradual, lento e constante. No âmbito geral, tecnólogos registraram queda em 2013, mas se considerarmos alguns cursos especificamente continuam em alta. É preciso estar atento à demanda local. Além disso, os cursos tecnólogos também são opções mais em conta para alunos que estudavam com o FIES.

Quanto ao financiamento estudantil, a Hoper Educação acredita que o investimento do governo federal é fundamental para atingir as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação, portanto, a manutenção e o crescimento do FIES são indispensáveis. No entanto, o crédito facilitado, visto até o ano passado, dificilmente voltará da mesma forma. Ou seja, podemos ter aumento de investimento de FIES, mas com restrições e determinação de prioridades (geográficas, sociais e de cursos considerados mais importantes).

Então, os principais aspectos visando preparar as IES nos próximos anos são: qualificação de gestão, já que haverá impacto de crise econômica em todos os segmentos; investimento em relacionamento com o aluno; planejamento a partir de diagnósticos assertivos sobre a realidade da instituição no mercado onde atua.

Nesse sentido, a Hoper Educação possui diversas possibilidades de contribuição com estudos e diagnósticos do mercado e consultorias visando qualificar os itens essenciais para sua instituição se manter competitiva e com equilíbrio financeiro.

Fonte: Análise Setorial da Educação Superior Privada – Brasil (2015)

Alexandre Nonato

Analista de Mercado da Hoper Educação

EXPEDIENTE:

Revisão: Carla Thomasi e Márcio Schünemann - Edição: Carla Thomasi – Diagramação: Paulo Ricardo

ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

602 visualizações

Leia Mais

bottom of page