Gerente de EAD da UNIT, ela proferiu palestra no Prodeese que teve como eixo Educação Híbrida.
Uma das dificuldades na sala de aula sobretudo no ensino híbrido é fazer o aluno perceber que de fato está aprendendo e desenvolvendo competências, diz a gerente acadêmica de EAD da Universidade Tiradentes (UNIT) e doutora em Desenvolvimento Regional e Urbano, Karen Sasaki.
Karen, que também é membro do Conselho de Ética e Qualidade da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), proferiu a palestra intitulada (Des) conexões entre tecnologias e alunos na educação híbrida no Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – Prodeese, realizado nos dias 27 e 28 de junho, em Foz do Iguaçu, com o eixo Educação Híbrida.
Ela diz que a adoção da tecnologia digital resultou em muitas mudanças na educação e aprendizagem. Para Karen, é improvável que a educação seja igualmente relevante sem tecnologia digital. "Não tem como prescindir de incluir tecnologia digital no processo educativo”. A presencialidade não significa ser exclusivamente off line, reforça.
Ao refletir sobre o papel da tecnologia na educação, a palestrante explica que essas ferramentas devem estar alinhadas ao projeto do curso. Os modelos híbridos precisam possibilitar experiências de aprendizagens inovadoras e um ensino mais flexível especialmente em termos de abordagens simultâneas a estudantes on-line e presenciais.
Por isso, quando se desenvolve a modelagem de um curso híbrido ela indica, inicialmente seguir algumas etapas: compreender conceitos, definir o modelo pedagógico, a tecnologia educacional, formar professores e empoderar os estudantes.
Na etapa de conceitos é preciso, entre outras ações, integrar equipes acadêmica, administrativa e de tecnologia da informação, além de definir o conceito central de presencialidade a ser adotado.
Quando se trata do modelo pedagógico, Karen recomenda saber quem é o aluno? O que ele busca? Como ele pensa? O aluno questiona a utilidade da sala de aula para a vida dele, e quer estudar na universidade algo que faça sentido para a vida, diz.
O aluno valoriza flexibilidade, autonomia e colaboração no mercado de trabalho e também deseja que a instituição superior também estimule isso, enfatiza.
Na modelagem curricular, Karen trouxe exemplo da UNIT, cujo aprendizado é feito por meio de projetos profissionais, práticas de pesquisa e extensão e competências, com hard skills e soft skills importantes para a vida pessoal e profissional.
A tecnologia precisa ter múltiplas aplicações. No caso da UNIT, uma das utilidades é para formação de professores. “Os professores precisam ser formados com a mesma tecnologia que eu espero que eles apliquem”, frisa Karen.
Ela ainda diz que hoje o professor, além da formação acadêmica, precisa ter perfil de docente, habilidades digitais e alinhamento com o mercado de trabalho.
Em relação ao empoderamento dos alunos, Karen coloca que é importante apresentar o projeto pedagógico para os alunos na primeira semana de aula e manter uma comunicação, entre outras ações.
Denise Paro
Jornalista
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