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Informativo Quinzenal

ESTUDO INÉDITO REVELA O FENÔMENO DAS “TRANSFERÊNCIAS” E COMO USÁ-LO PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO


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Alunos transferem-se todos os anos no Brasil criando um tráfego horizontal de estudantes entre cursos superiores (e instituições de ensino provedoras desses programas) que perpassa modalidades e redes (pública e privada). Universitários transferem-se do ensino superior privado para o público, da educação presencial para o EAD, por motivos variados.


As pesquisas sócio-educacionais apontam que as razões das transferências são análogas às razões da “evasão” de maneira genérica. Questões como falta de afinidade com o curso, condições financeiras, insatisfação com o serviço e mudança de endereço figuram como alguns dos principais motivos para as transferências em todo o Brasil.


ENTENDA A EVASÃO


Antes de adentrarmos nessa dimensão da fuga de universitários, cabe uma análise global da evasão como um todo. Evadiram do sistema superior de ensino no Brasil, entre 2014 e 2015, período no qual a consultoria Hoper Educação (2017) analisou esse tráfego, 647.739 discentes ou 12% de todos os 5.448.242 alunos matriculados na educação presencial em 2014. Esse percentual é maior nas IES privadas (13,3%) do que nas públicas (7,9%). São alunos que desapareceram do sistema sem reingressar em outras faculdades.

Nas instituições privadas esse número é maior no Centro-Oeste (15,1%) e menor no Norte (11,6%). Uma significativa diferença de 30,2%, comparando-se os percentuais. No Sudeste, onde se concentram 52% de todas as matrículas presenciais no sistema privado em 2014, 14,1% delas evaporaram-se naquele ano.


ENTENDA AS TRANSFERÊNCIAS


O fato é que as transferências ajudam a esvaziar as salas de aula das IES, da mesma forma que desistências, trancamentos e cancelamentos de matrículas. Nas IES privadas transferiram-se de instituição, 166.109 alunos entre 2014 e 2015. Isto representa 4,2% do alunado.

INSIGHT PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO


Uma ação é reter os alunos com falta de afinidade nos cursos por meio de transferências internas para cursos na mesma IES. Mudaram dentro de uma mesma instituição, para cursos privados distintos 70.730 alunos. Isso representou 1,8% do total de matriculados no sistema privado de ensino superior em 2014. Nas IES públicas esse percentual foi de 2,6%. Essa transferência é extremamente positiva, pois não impacta o caixa da IES e qualifica o estudante. Há indícios de que o estudante transferido tem uma menor taxa de evasão, por já ter-se frustrado no passado com suas decisões equivocadas.


Referência: Hoper Educação – Análise Setorial do Ensino Superior Privado – 2017


CONCLUSÃO


Por fim, a evasão total das matrículas privadas do Brasil, de 2014 para 2015, foi de 19,3%. Apenas as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram evasão mais alta do que o parâmetro Brasil. No caso da migração, 5,9% dos matriculados do setor privado no Brasil mudaram suas escolhas originais (seja IES, curso, modalidade ou rede). Curiosamente as mesmas regiões Centro-Oeste e Sudeste foram as únicas regiões que tiveram migração mais baixa do que o parâmetro Brasil. No setor público nota-se uma evasão menor do que no privado, de 5,9% (o que é esperado, visto a melhor qualidade da maioria das IES públicas), contudo com uma migração maior do que no privado, de 7,7% (o que pode ser explicado em parte pelo alto percentual de transferências entre os cursos de uma mesma IES pública, 44% acima do percentual do setor privado).


Este tipo de análise permite que a IES seja movida por fatos e dados, transformando muitas vezes ameaças em oportunidades. A transferência é uma realidade, resta decidir e agir para que estes alunos migrem dentro da sua IES ou para a sua IES e não o contrário.

Quer saber qual a melhor forma de estruturar um planejamento para maximizar a retenção e captação dos seus alunos? Clique aqui.



RAFAEL VILLAS BÔAS

Consultor da Hoper Educação

EXPEDIENTE:

Revisão: Márcio Schünemann – Edição: Maria Luiza Zarro – Diagramação: Etienne Araujo Todo Bom

ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

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