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Nos últimos dias, o tema recorrente em quase todas as mídias do país, e ou rodas de amigos é a crise brasileira. No entanto, a principal ideia deste texto é mudar o rumo da prosa e tratar de estratégias de enfrentamento e coragem.
Há poucos dias assisti a uma peça de teatro, muito boa por sinal, intitulada Se Fosse Fácil, Não Teria Graça, e ao longo da performance do ator, refleti profundamente sobre dois pontos de vista abordados por ele:
Será que compensa gastar tanta energia na PRÉ-ocupação;
É nas coisas simples que estão as grandes soluções;
A primeira reflexão proposta por ele, vem da simples análise que muitas vezes gastamos horas e horas acordados, pensando e preocupados demais com um tema, e quando a situação passa vemos que se estivéssemos mais lúcidos, com mais discernimento e sem tanta emoção teríamos superado o tema sem excessivo sofrimento. E na sequência vem a segunda reflexão, muitas vezes as soluções estão ao nosso alcance e ficamos olhando lá longe, buscando soluções mirabolantes e complexas.
Toda essa reflexão inicial alinha-se ao atual momento da educação brasileira, seja pelo contexto dos impactos e ajustes no Financiamento Estudantil, ocorridos neste ano, ou nos temas debatidos no último Fórum de Educação proposto pela EXAME.
Um dos temas amplamente debatido no Fórum da EXAME foi a qualidade educacional. Utilizou-se como exemplo um colégio do interior do Piauí, numa cidade de 10 Mil habitantes, que obteve 8 medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP – 2014). Vale ressaltar que até pouco tempo atrás esse colégio, chamado Paulo Ferraz, era um retrato normal da educação brasileira, com um IDEB de 3,3 - nota 20% abaixo da média nacional.
Por sorte, um novo diretor assumiu a função e por motivos que desconheço, resolveu comprar a briga, mudando o panorama do colégio. Com simples ações de engajamento de professores e alunos, maior comunicação e esclarecimento, utilização de técnicas desafiadoras, intuição e um pouco de planejamento, transformou o cenário do colégio, trazendo-o para um IDEB de 4,5 – 10% acima da média Brasil.
Esse caso me fez lembrar uma reportagem apresentada pela revista VEJA em outubro do ano passado, intitulada Do Zero ao Topo do Ranking. Em síntese essa notícia apresentou de que maneira uma diretora resgatou uma escola do fundo do poço e fez dela campeã nos Estados Unidos.
Resumindo, tanto no caso do diretor brasileiro, quanto do estadunidense, a essência foi encarar desafios, romper velhos paradigmas, engajar pessoas, colocar objetivos, metas, metas e mais metas.
Associando agora os 3 temas discutidos, se pegarmos a ideia do ator de teatro, no tocante ao uso de propostas e soluções simples, com um toque de discernimento (minimizando o sofrimento desnecessário), e mais uma pitada de desafio, objetivos e metas, tenho certeza que teremos uma gestão educacional exitosa.
CAIO POLIZEL
Coordenador das Consultorias Hoper Educação
EXPEDIENTE:
Revisão: Márcio Schünemann e Mariana Andrade – Edição: Mariana Andrade – Diagramação: Laura Neves
ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).
