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Informativo Quinzenal

O ESPAÇO FÍSICO PODE MELHORAR A APRENDIZAGEM?

Foto do escritor: Hoper EducaçãoHoper Educação

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As salas de aula do século XXI, predominantemente são iguais as salas do século XVIII, com cadeiras enfileiradas, alunos um atrás do outro, olhando apenas para a nuca do colega da frente. Ao mesmo tempo, uma mesa maior na frente indicando o espaço do professor como protagonista do processo de ensino. Esse espaço estimula uma fala principal do docente e desestimula a participação e debate por parte dos alunos.

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Com as novas metodologias de aprendizagem ativa o espaço físico é visto como um auxiliar na mudança da cultura de aprendizagem. Pois, se quisermos que o aluno seja o protagonista, participe, debata e se sinta estimulado em aprender, precisamos criar um ambiente que reflita essa concepção de aprendizagem.


Na Uniamérica - Instituição situada em Foz do Iguaçu/PR que conta com o apoio da Hoper Educação - a estrutura física é pensada como um importante espaço pedagógico que pode aperfeiçoar as posturas inovadoras e proporcionar uma nova dinâmica para os docentes

e discentes. As salas são preparadas para aprendizagem ativa (Active Learning Classrooms), logo, são compostas por espaços interativos, interdisciplinares permitindo a investigação guiada, aprendizagem interpares e da aprendizagem just-in-time, onde a informação e tecnologia são combinadas para facilitar a construção do conhecimento e promover a aprendizagem do aluno.


Mas vale a pena reconfigurar a sala de aula? A Active Learning Classrooms gera aprendizagem efetiva? Para responder essa questão, alguns trabalhos foram realizados para avaliar a eficácia destes espaços, por exemplo, a Universidade de Minnesota, no ensino de Ciências, que resolveu avaliar se os investimentos nas salas de aulas influenciou a maneira como instrutores ensinam e como os alunos aprendem e se tiveram os efeitos desejados em ganhos de aprendizagem.


Observou-se que, ao alterar a estrutura física da sala de aula, a atitude do professor mudou, deslocando seu papel mais para orientador ou facilitador. Os alunos também desenvolveram atitudes diferentes buscando várias formas de aprendizagem e estilos. Ambos perceberam a importância da mesa-redonda para alterar a dinâmica de sala de aula promovendo relacionamentos mais significativos e positivos. Os estudantes relataram um nível mais elevado de engajamento do que seus pares em salas de aula tradicional e maior flexibilidade com as atividades em decorrência da sala. Os resultados descritos documentam os impactos positivos de projetar espaços para a aprendizagem ativa.


Essa confirmação empírica da Active Learning Classrooms com tecnologias próprias pode afetar positivamente o aprendizado do aluno, mesmo aplicando as mesmas abordagens pedagógicas na sala de aula tradicional. Isso porque, o trabalho em espaços de aprendizagem ativa incentiva o envolvimento dos alunos e melhora a experiência acadêmica do estudante.


Claro que, para implementar um espaço diferenciado de aprendizagem, é necessário trabalhar com o corpo docente, ajustando as percepções, entendendo que o silêncio nem sempre é engajamento e que as salas de aprendizagem são espaços de intervenção e inter-relação, podendo se tornar barulhentos e difícil de monitorar. A capacitação torna-se essencial para aproveitar com maior eficácia esses espaços, trabalhando o envolvimento dos alunos via aprendizagem ativa.


Os resultados na Universidade de Minnesota apresentaram impactos positivos para o processo de aprendizagem. Promovendo flexibilidade espacial, interação de pequenos grupos, descentralização com um evidente foco no diálogo, aumentando nos estudantes o senso de responsabilidade conduzindo aos ganhos de aprendizagem que resultam de interação entre pares. Então, quando um aluno entra na sala logo pensa “isto não é o que eu estou acostumado”, é uma mensagem que a forma de aprendizado será diferente.


Na Uniamérica a percepção empírica é compatível com as pesquisas realizadas em Minessota. Alunos e professores tiveram que reperspectivar suas formas de aprender e ensinar quebrando o formato anacrônico de um ensino não tão eficaz. Promover diferentes espaços de aprendizagem amplia as formas de aprender do nosso alunado e estaremos como isso cumprindo nossa missão!


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MILENA MASCARENHAS

Coordenadora da área de Soluções de Aprendizagem da Hoper Educação.

EXPEDIENTE:

Revisão: Carla Thomasi e Márcio Schünemann - Edição: Carla Thomasi – Diagramação: Laura Neves

ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

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