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Informativo Quinzenal

CONTRA CÍCLICOS E A RELAÇÃO DA CRISE COM O CRESCIMENTO DA BUSCA POR EDUCAÇÃO

Foto do escritor: Hoper EducaçãoHoper Educação

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Às flutuações na atividade econômica damos o nome de ciclos econômicos. Os países e suas economias possuem diferentes setores para a produção de bens e prestação serviços. Alguns sofrem muito durante as recessões e outros são menos (ou nada) afetados. Os primeiros são os setores cíclicos e os últimos são os setores não cíclicos.

Como exemplo de setor cíclico, em serviços, o de viagens e turismo está muito exposto aos humores do mercado. A indústria é impactada pela retração dos negócios, em todos os países, os fabricantes de produtos eletrônicos e o comércio de bens de luxo. Setores que pouco se abalam frente os altos e baixos incluem serviços públicos (eletricidade, gás e água) e produtos como alimentos, bebidas e tabaco. E algumas áreas crescem com as crises. São os setores contra cíclicos.

Nesse sentido um exemplo de negócio que prospera com crises é aquele de colocação profissional. Sites como o da Catho e empresas de recrutamento ganham com a escassez de empregos.

Dessa forma, com a iminência da crise, as duas categorias de sites com maior aumento do número de usuários únicos entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015 foram a de portais do governo (puxado pela explosão óbvia de acessos as páginas do Ministério da Educação) e a de cadastro de currículos e procura de emprego (12,7 milhões de usuários em dezembro e 15,8 milhões em janeiro) segundo o IBOPE / Nielsen.

Essas correlações entre dados e seus resultados surpreendentes (sempre lembrando que correlação nem sempre é causa) levaram o Google a desenvolver um software que permite gerar relacionamentos de buscas, algumas vezes curiosos, como a excepcional simetria entre a pesquisa por “Vestibular de Inverno” e “Pousadas em Campos do Jordão”. Correlação sem causa.

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Chamada de Google Correlate a ferramenta usa dados do mecanismo de buscas aos quais permite acrescer dados proprietários para gerar infinitos cruzamentos.

Um programa fundamental para identificar tendências e descobrir relações ocultas entre dados aparentemente independentes e por meio do qual buscamos propensões de pesquisa adjacentes aquela por “pós-graduação”.

Nos surpreendemos como em momentos de “procura por emprego” aumenta proporcionalmente a “procura por estudo”.

As variáveis semânticas são inúmeras do lado do “emprego” com buscas semelhantes a procura dos mesmos resultados (“vagas”, “como melhorar meu curriculum”, “como usar melhor o LinkedIn”, “sites como Catho”, “classificados de emprego gratuitos”, “onde publicar CV”) assim como do lado da pesquisa pelo estudo. Da mesma forma como aumentam os usuários atrás de “pós-graduação”, explodem as pesquisas por “cursos gratuitos” entre milhares de variações desse tema.

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A melhora da empregabilidade e a busca pelo verniz acadêmico ao curriculum vitae podem transformar soluções educacionais adequadas à condição de contra cíclicas nesse período turbulento que ameaça se desvelar nos próximos meses. Afinal muitas oportunidades surgem em cenários complexos, especialmente para gestores capazes de desenvolver as alternativas alinhadas ao momento.

Ou no cenário mais reducionista, a compreensão da correlação de pesquisas relacionadas a “crise” e “educação” pode gerar inúmeras estratégias de marketing. De um trivial patrocínio a um site de orientação profissional a uma intrincada campanha em mecanismos de busca com a aquisição de novas palavras chave, menos convencionais e menos concorridas. E que podem gerar bons resultados.

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RAFAEL VILLAS BÔAS

Consultor - Hoper Educação

EXPEDIENTE:

Revisão: Carla Thomasi e Márcio Schünemann - Edição: Carla Thomasi – Diagramação: Laura Neves

ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

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